sábado, 6 de outubro de 2007
COLEÇÃO RESGATA ÁLBUNS RAROS DE PAULO MOURA
A gravadora Atração coloca no mercado uma série que resgata preciosidades da música instrumental brasileira: a Coleção Galeria, inicialmente com nove títulos previstos (distribuição da Brazilmúsica!). Os três primeiros estão chegando às lojas agora. Trata-se de discos raríssimos do clarinetista, saxofonista, arranjador e maestro Paulo Moura, lançados originalmente pela gravadora independente Equipe/Novo Esquema, hoje desativada. Todos já haviam saído em CD pela extinta ABW há pouco mais de dez anos, mas rapidamente saíram de catálogo. Retornam em edições remasterizadas.
Paulo Moura Hepteto e Paulo Moura Quarteto são de 1968. No primeiro, O hepteto era formado por Moura (sax alto), Wagner Tiso (piano), Cesário Constâncio (trombone), Darcy Cruz (trompete), Luiz Alves (baixo), Oberdan Magalhães (sax tenor) e Pascoal Meirelles (bateria). No repertório, temas de autores como Milton Nascimento (Travessia, A Sede do Peixe), Marcos Valle (Homem do Meu Mundo) e Tom Jobim (Bonita, Wave). O quarteto trazia Moura (sax alto), Wagner Tiso (piano), Luiz Carlos (contrabaixo) e Pascoal Meirelles (bateria). Entre os temas, clássicos brasileiros (Eu e a Brisa, de Johnny Alf, Lamento no Morro, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e standards do jazz (Yardbird Suite, de Charlie Parker).
Fibra, de 1971, tinha basicamente os mesmos músicos do hepteto: Moura (sax alto, flauta), Oberdan Magalhães (sax tenor, flauta), Márcio Montarroyos (trompete, flugel horn), Cesário Constâncio (trombone), Wagner Tiso (piano, órgão), Luiz Carlos (contrabaixo, violão), Robertinho Silva (bateria, percussão) e participações de Tavito (guitarra) e Milton Nascimento (piano). O reeprtório apresentava temas de Paulo Moura (Fibra), Ari Barroso (Aquarela do Brasil), Milton Nascimento (Cravo e Canela, Vera Cruz, Tema dos Deuses) e algumas regravações do álbum com o hepteto.
Nos três discos, Paulo Moura mostrava arranjos com aporte jazzístico mesclado a influências afro e toques de Bossa Nova (ele participou do célebre concerto de 1962 no Carnegie Hall, em Nova York, que lançou internacionalmente a bossa). Grandes trabalhos, felizmente resgatados. A Coleção Galeria terá, na sequência, seis discos de Eumir Deodato, outro craque.
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