sábado, 15 de dezembro de 2007
TRÊS DÉCADAS DE UMA REVOLUÇÃO POP
Há exatos 30 anos, em 15 de dezembro de 1977, estreava nos cinemas norte-americanos um filme a princípio despretensioso, mas que mudaria radicalmente a cultura pop: Saturday Night Fever, no Brasil Os Embalos de Sábado à Noite. Produzido por Robert Stigwood para a Paramount Pictures e dirigido por John Badham, tinha por base um artigo do jornalista Nick Cohn na revista The New Yorker, do jornal The New York Times, intitulado Tribal Rites Of The New Saturday Night (Ritos Tribais do Novo Sábado à Noite), que falava dos rituais dos jovens da periferia de Nova York, que por não terem condições financeiras para frequentar discotecas como a Studio 54, procuravam similares no Brooklyn ou no Bronx e, graças à habilidade na dança, transformavam-se em ídolos locais.
Com base nesse artigo, criou-se a história de Tony Manero, jovem que durante o dia trabalhava numa loja de tintas, e nas noites de sexta e sábado ia para uma discoteca no Brooklyn, onde era rei na pista de dança. A personagem foi vivida brilhantemente por John Travolta, então um ídolo na televisão com o seriado Welcome Back, Kotter, e que tinha vindo justamente da Broadway, num papel menor no musical Grease, do qual seria o protagonista da versão cinematográfica no ano seguinte, 1978.
Ssturday Night Fever foi co-estrelado por Karen Lynn Gorney e teve trilha sonora dos Bee Gees. O disco com o score vendeu até hoje mais de 40 milhões de cópias em todo o mundo e tem clássicos como Stayin' Alive, How Deep Is Your Love, Night Fever e If I Can't Have You, criadas por Barry, Robin e Maurice Gibb especialmente para o filme, além de outros temas de um gênero então em expansão, a disco music.
Repleto de metáforas em seu enredo, Os Embalos de Sábado à Noite aborda temas como pobreza, discriminação social, morte, solidão, sexo, idolatria. A produção foi bastante acidentada, com problemas como a morte da mulher de Travolta, a atriz Diana Hylland, no início das filmagens (eles haviam feito juntos o telefilme O Rapaz da Bolha de Plástico, como mãe e filho), troca de diretor, desentendimentos sobre a trilha sonora (a balada How Deep Is Your Love quase ficou de fora) e mudanças de roteiro. Mas Saturday Night Fever tornou-se um clássico que mexeu com a música e o comportamento do jovem comum em todo o mundo. A trilha está sendo reeditada pela Warner Music, e o filme em DVD pela Paramount. Um marco na história da cultura pop, que merece ser visto e revisto.
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