IVAN LINS
Íntimo
Wedge View Music/Som Livre
Ivan Lins começou a ganhar o mundo no início dos anos 70, quando Ella Fitzgerald incorporou ao seu repertório Madalena, dele e Ronaldo Monteiro de Souza. A partir daí o nome de Ivan tomou proporções planetárias. O cantor e compositor brasileiro passou a ser gravado por nomes do jazz e do pop de varios países, o que lhe abriu enorme mercado. Íntimo é seu novo projeto para o mercado internacional, mas que felizmente está sendo lançado também no Brasil (há uma edição em espanhol para os países latinos). Produzido pelos holandeses Ruud Jacobs e Rob van Weelde, com arranjos para orquestra de Roeland Jacobs, o disco foi gravado entre Holanda e Bélgica e traz duetos com vários astros internacionais, além da retomada da parceria com o letrista Vitor Martins. A dupla é responsável por nove dos quatorze temas do repertório, entre inéditas e releituras.
O time de convidados inclui a norte-americana Jane Monheit, uma das vozes de ponta do jazz contemporâneo (em Crystal Clear, versão dela para Meu Espelho, de Ivan e Vitor), a holandesa Trijntje Oosterhuis (em No Tomorrow, versão de Peter Eldridge para Acaso, de Ivan e Vitor), do espanhol Alejandro Sanz (em Llegaste, versão de Luis Pastor para Vieste, clássico de Ivan e Vitor), do coral sul-africano Abaqondisi Brothers (em Dandara, de Ivan e Francisco Bosco), do grupo vocal norte-americano Take 6 (em That’s Love, versão de Alvin Chea para Nosso Acalanto, de Ivan e Vitor), da holandesa Laura Fygi (em Le Dernier Mot, letra em francês de Celine Righi para Bilhete, de Ivan e Vitor), do uruguaio Jorge Drexler (em Diadema, dele e Ivan) e do trompetista e cantor alemão Till Brönmer, tido por muitos como ‘o novo Chet Baker’ (em Tanto Amor, de Ivan e Vitor, e Rio Sun, versão de Brenda Russell para E a Gente Assim Tão Só, também da dupla).
Entre as canções que Ivan canta sozinho estão Arrependimento (dele e Vitor), A Cor do Por-do-Sol (parceria com Celso Viáfora), Sou Eu (Ivan e Chico Buarque), Mãos de Fada (Ivan) e Tchau, Amor (dele, Vitor e Claudio Lins). O músico, nos vocais, piano e teclados, é acompanhado por Leonardo Amuedo (violão, guitarra), Nema Antunes (baixo), Marcelo Martins (sax, flautas) e Téo Lima (bateria). Belo disco, à altura do talento e prestígio de Ivan Lins, inquestionavelmente um dos melhores compositores da história da Música Popular Brasileira.
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