quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AS MÚLTIPLAS FACES DO SAMBA

ROGÊ ROGÊ                        
Fala Geral  
Bolacha

O carioca Rogê chega ao terceiro disco com a autoridade de quem sabe fazer samba e lidar com todas as suas vertentes. Além de compor e cantar bem, tem o mérito de não complicar ao fugir das fórmulas modernosas que têm caracterizado o gênero. Para cada tipo de samba, a ambientação correta. No samba-rock o suíngue, no samba-exaltação a batida tradicional, no jongo o batuque do tambor e as palmas, e por aí vai.

O repertório tem qualidade. A suingueira marca ponto em Minha Princesa (Rogê/Marlon Sette/Gabriel Moura), no melhor estilo do grande Bebeto. Os pontos de terreiro são representados pelo belo Tempo Virô (Rogê/Arlindo Cruz). Amor à Favela (mais um de Rogê e Arlindo Cruz) é um belo samba-canção reflexivo, que fala da realidade das favelas. Fala Brasil (Gabriel Moura/Tatá Espala) é um belo samba-exaltação, realçado pela bateria mágica do grande Wilson das Neves. Rogê abre espaço também para o reggae em O Guerreiro Segue (de autoria própria). São ao todo onze temas, sendo nove de autoria do músico, com ou sem parceiros. Diversidade e qualidade num belo trabalho.

www.rogebrasil.com.br

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