domingo, 17 de outubro de 2010

GAL A TODO VAPOR

GAL COSTA - Caixa 2 GAL COSTA            
Gal Total – Caixa c/ 17 CDs 
Mercury/Universal

A caixa Gal Total, produzida e coordenada pelo jornalista e pesquisador Marcelo Fróes, reune os 15 discos gravados por Gal Costa na Philips/PolyGram, hoje Universal Music, entre 1967 e 1983. Marca também a volta da cantora baiana à gravadora, por onde lançará novo álbum em 2011, com produção de Caetano Veloso. Os discos da caixa foram todos remasterizados. Acompanha um CD duplo, Divina, Maravilhosa, com raridades.

General b2winc O primeiro disco é Domingo (1967), produzido por Dori Caymmi e gravado por ela e Caetano Veloso. Foi a estreia dos dois artistas. Alterna faixas nas vozes de um e outro, e três duetos: Coração Vagabundo, Domingo e Zabelê. Gal Costa (1969), produzido por Maonel Barenbein com arranjos de Rogério Duprat, Gilberto Gil e Lanny Gordin, pontua a psicodelia tropicalista da intérprete, com canções como Não identificado, Se Você Pensa e duetos com Gilberto Gil (Namorinho de Portão, Sebastiana) e Caetano Veloso (Que Pena, Baby). No mesmo ano sai Gal, com arranjos e direção musical de Rogério Duprat e temas como Meu Nome é Gal, Cinema Olympia, País Tropical (participação de Caetano Veloso e Gilberto Gil) e The Empty Boat (com Jards Macalé). Legal )1970), produzido por Manoel Barenbein com arranjos de Lanny Gordin, Jards Macalé e Chiquinho de Moraes, tem um dos maiores sucessos gravados por Gal Costa, a canção London, London, feita por Caetano Veloso em pelo exílio, e Eu Sou Terrível, clássico de Roberto e Erasmo Carlos. Fa-Tal – Gal a Todo Vapor (1971), originalmente um LP duplo, foi gravado ao vivo e produzido por Roberto Menescal (o show teve direção de Wally Salomão). No repertório, releituras de Falsa Baiana, Charles Anjo 45, Sua Estupidez e Assum Preto, entre outras. É um dos discos mais bem sucedidos da carreira de Gal Costa.

GAL COSTA - Índia Em 1972 foi lançado o polêmico (pela capa) Índia, que mostrava detalhes da privilegiada anatomia da cantora. A censura, então com todo o gás, proibiu que o trabalho saísse com aquela capa. Para evitar prejuízos com o material gráfico já impresso, a gravadora optou por vender o álbum envolto num plástico azul, o que aumentou ainda mais a curiosidade do público, acarretando numa grande vendagem. No repertório, temas como Desafinado, Índia e Presente Cotidiano. Foi produzido por Gilberto Gil, com arranjos de Rogério Duprat e Arthur Verocai. Cantar (1974), produzido por Caetano Veloso e Perinho Albuquerque, teve como destaques Lua, Lua, Lua, Lua, Canção Que Morre No Ar, Até Quem Sabe e Flor do Cerrado (dueto com Caetano). Em 1976 Gal Costa gravou seu primeiro disco temático, totalmente dedicado à obra de Dorival Caymmi. Gal Canta Caymmi, produzido por Perinho Albuquerque, teve arranjos dele e João Donato e canções como Vatapá, Só Louco (que fez enorme sucesso após ter sido utilizada como tema de abertura da novela O Casarão), Dois de Fevereiro e São Salvador. Caras & Bocas (1977), também produzido por Perinho Albuquerque com arranjos dele e Tomás Improta, teve como sucessos Tigresa e uma versão em português de Augusto de Campos para Solitude, de Duke Ellington. Em 1978 veio Água Viva, outra produção de Perinho Albuquerque, com canções como Olhos Verdes, Paula e Bebeto, Qual é, Baiana? e O Gosto do Amor (dueto com Gonzaguinha).

GAL COSTA - Fantasia O ano de 1979 marcou o início de uma fase de grande sucesso comercial na carreira da artista com Gal Tropical, produzido por Guilherme Araújo e Roberto Menescal. No repertório, sucessos como Noites Cariocas, Estrada do Sol, Dez Anos, Força Estranha e principalmente Balancê. Aquarela do Brasil (1980) trazia somente canções de Ari Barroso, entre elas É Luxo Só, Camisa Amarela, Na Baixa do Sapateiro, Folha Morta, No Tabuleiro da Baiana (dueto com Caetano Veloso). Foi produzido por Roberto Menescal e Guilherme Araújo, com pesquisa de repertório a cargo de Paulo Tapajós. Fantasia (1981) é o disco de maior sucesso na carreira de Gal Costa até hoje. Produzido por Mariozinho Rocha com arranjos de Lincoln Olivetti, Gilson Peranzzetta e Guto Graça Mello, teve como sucessos Festa do Interior, Faltando Um Pedaço, Meu Bem, Meu Mal (que foi tema da novela homônima), O Amor, Massa Real e Açaí (com participação do Roupa Nova). Em Estrela, Estrela, Gal conta com deslumbrantes dobras de voz a cargo de Zé Luiz Mazziotti. Minha Voz (1982) foi outro sucesso estrondoso. Produzido por Mariozinho Rocha com arranjos de Lincoln Olivetti, Gilson Peranzzetta, Eduardo Souto Neto e do grupo Roupa Nova, teve como destaques Luz do Sol (que ela regravou para o filme Índia, a Filha do Sol), Azul, Dom de Iludir e Bloco do Prazer. Em 1983 veio Baby Gal, que marcou o encerramento do vínculo da cantora com a PolyGram (no ano seguinte ela se transferiu para a BMG Ariola).  Seguramente um dos seus discos mais pop, também foi produzido por Mariozinho Rocha, hoje diretor musical da TV Globo. Como sucessos Rumba Louca, Mil Perdões, Sutis Diferenças, Eternamente e Baby (com participação do Roupa Nova).

GAL COSTA - Divina Maravilhosa O CD duplo Divina, Maravilhosa tem 28 gravações raras de Gal Costa, extraídas de discos de outros intérpretes, trilhas sonoras e projetos especiais. Entre elas Dadá Maria (dueto com o autor, Renato Teixeira, quando a cantora ainda se assinava Maria da Graça; a dupla defendeu a canção no Festival da TV Record de 1967), Você Não Entende Nada (de Caetano Veloso, lançada em compacto no ano de 1971), De Amor Eu Morrerei (Dominguinhos/Anastácia, de um compacto de 1974), Teco-Teco (Pereira da Costa/Milton Vilela, lançada em compacto de 1975), Modinha de Gabriela (de Dorival Caymmi, da trilha da novela Gabriela, de 1975 e lançada também em compacto), Detalhes (de Roberto e Erasmo Carlos, dueto com o Tremendão do álbum Erasmo Carlos Convida, de 1980) e Sonho Meu (samba de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, dueto com Maria Bethânia do álbum Álibi, de 1978). Todos os discos da caixa trazem reprodução da capa e contra-capa original, exceção feita a Gal Canta Caymmi, cuja foto não pode ser reproduzida por questão de direitos autorais, o que obrigou a Universal a providenciar outra arte, inferior à original. Gal Total é trabalho de fôlego, que dá uma visão bastante abrangente de uma fase de ouro da carreira da cantora.

www.galcosta.com.br

Um comentário:

André Luiz disse...

Ficou faltando Trem das Onze no Cd de raridades mas mesmo assim nota 10!!!!!!