JOYCE
Slow Music
Biscoito Fino
Joyce sonhava com o projeto Slow Music há pelo menos dez anos, desde que leu o Manifesto Slow Food, do italiano Carlo Petrini, que falava da invasão à qual somos submetidos pela velocidade da vida moderna, que nos enfia goela abaixo comida de má qualidade. A cantora, compositora e violonista, então, transpôs esse conceito para a música e decidiu fazer um disco que valorizasse a riqueza da canção. Depois de algumas tentativas finalmente conseguiu concretizar a ideia. O resultado é um disco muito bonito, que realça a beleza das melodias e os silêncios e pausas tão necessários a elas. Nada aqui é acelerado ou apressado. Tudo é delicado e envolvente.
O tema é o amor. Joyce (voz, violão, arranjos) assina Slow Music e Convince Me, ambas em inglês (com Robin Meloy Goldsby), Sobras de Partilha (parceria com Paulo César Pinheiro) e Valsa do Pequeno Amor. Dá visões intimistas a Samba do Grande Amor (Chico Buarque), Amor, Amor (Sueli Costa/ Cacaso), Medo de Amar (Vinícius de Moraes), O Amor é Chama (Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle), Nova Ilusão (Zé Menezes/Luis Bittencourt) e Olhos Negros (Johnny Alf/Ronaldo Bastos). E oferece novas cores a Esta Tarde Vi Llover (Armando Manzanero) e But Beautiful (Johnny Burke/Jimmy Van Heusen).
O toque do violão de Joyce, sempre preciso, acompanha a delicadeza da atmosfera do álbum, expressa também nas interpretações. Ela canta de modo suave. A acompanhá-la, Hélio Alves (piano), Jorge Helder (baixo) e Tutty Moreno (bateria). Ou seja, formação típicamente jazzística num álbum que mescla temas de origens e formatos distintos, todos adquirindo a unidade da sutileza. Simples e bonito.
Site: www.joycemoreno.com
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