Michael Jackson chega aos 50 anos nesta sexta, 29 de agosto. Nascido em Gary, Indiana, o garoto que se transformou em fenômeno da música ainda na infância completa meio século de vida mergulhado em dívidas, complicações com a Justiça e, em função de tudo isso, com a continuidade da carreira em risco.
Jackson sempre foi fenômeno de mídia e popularidade. Nos tempos do Jackson 5, o garotinho elétrico cativava pela voz aguda e afinadíssima e por um inegável carisma. Na adolescência, encantava as garotas com suas canções assumidamente românticas. Na fase adulta, ao passar a trabalhar com o produtor Quincy Jones (com ele na foto, na entraga do Grammy em 1983), conquistou novas fatias de público ao agregar à sua música, por si só poderosa, elementos de funk, soul, rhythm'n'blues e percussão pesada. Em termos visuais, suas apresentações adquiriram contornos de megaeventos. Os clipes, extremamente bem produzidos, aliavam a música à dança e ao cinema. Eram, na verdade, filmes de curta-metragem.
Mas o sucesso passou a ser ameaçado pelo comportamento errático do artista e por suas maluquices. Inúmeras operações cirúrgicas que lhe deformaram o rosto (veja a 'evolução' visual na foto), ingestão de medicamentos para clareamento da pele, suposto envolvimento em casos de pedofilia, estranhas atitudes públicas, aparições em trajes no mínimo ridículos, opor vezes com cabeça e mãos cobertas com capuzes e luvas, tudo isso transformou Michael Jackson num arremedo. Resta agora saber se ele vai conseguir dar a volta por cima. Informações dão conta de que está em estúdio preparando novo disco. Mesmo que venha a produzir outra obra-prima como os álbuns Off The Wall, Thriller, Bad e Dangerous - ele nunca perdeu a mão, seus dois trabalhos mais recentes, Blood On The Dance Floor e Invincible, apesar do fracasso comercial são exemplares -, terá que driblar a desaprovação da opinião pública quanto às suas atitudes. Ao contrário de Madonna, a Rainha do Pop, que segue no auge e chegou também aos 50 anos em 2008, Michael Jackson precisa provar a si mesmo e ao mundo que pode reconquistar o título de Rei. Título, aliás, que está vago.
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