Elpídio dos Santos, um dos mais importantes compositores populares do Brasil. faria cem anos em 2009. Para marcar a data o cantor e compositor Oswaldinho Viana e sua mulher, Marisa Viana, lançam o belíssimo Viva Elpídio pelo selo independente Carambola Discos, CD que traz algumas das mais belas crianções do homenageado, que foi parceiro de Mazzaropi em diversos temas de seus filmes. O repertório tem toadas, valsas e rasqueados como Lua na Roça, A Dor da Saudade, Caboclo da Roça, Balanço da Rede, Filé Minhão e a criação mais conhecida de Elpídio, Você Vai Gostar. Participação especial do Grupo Paranga, que tem filhos do autor entre os integrantes. Como adquirir o CD: www.omviana.com.br
O pianista Philppe Baden Powell e o violonista e arranjador Mário Adnet lançam pela Biscoito Fino o CD Afro Samba Jazz, com os afro-sambas de Baden Powell e Vinícius de Moraes em arranjos jazzísticos. O disco é muito bem produzido e tem participações especiais de Mônica Salmaso (que gravou os afro-sambas num antológico álbum com o violonista Paulo Belinatti, aqui em Suíte Yansan e Canto de Yemanjá) e de instrumentistas como Marcos Nimrichter (piano), Jorge Helder (baixo), Jurim Moreira (bateria), Jessé Sadoc (trompete) e Andrea Ernest Dias (flauta). Os arranjos de Adnet possibilitam a descoberta de novas cores harmônicas nas melodias de Baden. Grande trabalho.
O cantor e compositor paulistano Renato Godá transita num curioso universo musical, que passa pelas canções de cabaré, pelo vaudeville, o jazz de New Orleans e o blues. Com ecos nítidos de Leonard Cohen e Tom Waits, traz temas irônicos e carregados de, ao mesmo tempo, elegância e vulgaridade. Renato Godá, o disco, lançamento Rob Digital, tem apenas sete faixas e foi gravado ao vivo no estúdio em dois dias. As canções falam de erotismo, boemia, falta de compromisso, noite, permissividade, melancolia. Godá é um fenômeno na internet e seu som vem conquistando um número cada vez maior de apreciadores. A voz lembra a de Nasi, ex-cantor do Ira!. As canções são Bom Partido, Kamikaze, Outro Cigarro, O Que Você Quer Eu Não Sei, Em Suas Mãos, Démodé e O Mapa do Meu Mundo. Site: www.renatogoda.com.br
O saxofonista brasiliense Daniel Musy, da banda de apoio do Roupa Nova, lança pelo selo do grupo, o Roupa Nova Music, CD em que interpreta sucessos do sexteto. Roupa Nova Convida Daniel Musy tem a participação de Ricardo Feghali, Cleberson Horst, Serginho Herval, Kiko, Nando e Paulinho em todas as faixas. Os arranjos são praticamente os mesmos dos discos originais do RN, em alguns casos acrescidos de naipe de cordas. Os solos vocais são substituídos pelo sax de Musy (em Linda Demais e Seguindo no Trem Azul ele toca também gaita). Entre as canções Clarear, Anjo, Canção de Verão, Tímida, Volta Pra Mim e A Força do Amor. Daniel Musy é competente. Muito simpática e generosa a força que o Roupa Nova dá ao jovem músico.
Cantora, compositora e multiinstrumentista, Fernanda Porto lança pela EMI seu quarto disco, Auto-Retrato. Reponsável pelas programações, violões, guitarras, sax e teclados, ela gravou canções auto-biográficas, todas próprias (algumas melodias são divididas com Cristiane Neves) e inéditas. O disco tem notadamente um sabor pop que se sobressai diante dos beats eletrônicos que marcaram seus outros discos. Se como produtora, instrumentista e melodista ela se sai bem, às vezes derrapa nas letras, que soam ora confusas, ora salpicadas de clichês poéticos. Entre as canções Agora é Minha Vez, Eu Preciso Entender Tudo Isso e Tanto Tempo Faz. Melodicamente o álbum é interessante. Se você conseguir abstrair o conteúdo (ou a falta de) das letras, vai gostar.
Lançado originalmente pela RGE em 1969, este antológico disco da Velha Guarda da Portela, produzido por Paulinho da Viola, ganha caprichada reedição da Biscoito Fino. Portela Passado de Glória traz compositores históricos da escola de Madureira como Monarco, Manacéia, Ventura, Aniceto da Portela, Francisco Santana, Paulo da Portela e Heitor dos Prazeres. Entre os intérpretes estão Manacéia, Ventura, Aniceto e João da Gente. Estão aqui sambas clássicos como Quantas Lágrimas (de Manacéia, sucesso nos anos 70 com Cristina Buarque), Tristeza (A Tristeza Me Persegue) (Heitor dos Prazeres), A Maldade Não Tem Fim (Armando Santos) e O Desengano Dói (Aniceto da Portela). Obra-prima do samba.
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