sexta-feira, 9 de julho de 2010

GLOBALIZAÇÃO PERIGOSA

SERGIO MENDES SERGIO MENDES                
Bom Tempo 
Concord/Universal

Desde que voltou a gravar com assiduidade, Sergio Mendes vem se ligando a novos nomes da cena musical brasileira e americana. Em Timeless, de 2006, o encontro com o Black Eyed Peas em Mas, Que Nada deu certo. Os experimentos de Encanto, de 2008, já não foram tão bons. O caldeirão sonoro desanda em Bom Tempo, novo disco do pianista, arranjador e compositor brasileiro radicado nos States desde os anos 60.

Ao ainda utilizar elementos eletrônicos em profusão e fundir em determinados momentos seu som com o hip hop, Sergio Mendes acaba descaracterizando sua pegada. A qualidade habitual do maestro reaparece na simplicidade de Caminhos Cruzados (Tom Jobim/Newton Mendonça), com vocais de Gracinha Leporace, em Caxangá (Milton Nascimento/Fernando Brant), com Milton (que além de cantar assina com o anfitrião o arranjo) e na regravação de Ye-Me-Le (Luiz Carlos Vinhas/Chico Feitosa), faixa-título do disco que o músico lançou em 1969 com seu grupo de então, o Brasil ‘66. Entre as outras faixas estão País Tropical (Jorge Ben), Maracatu Atômico (Jorge Mautner/Nelson Jacobina), Emoriô (João Donato/Gilberto Gil), Só Tinha De Ser Com Você (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira), Orpheus e Maracatu (ambas de Moacir Santos e Nei Lopes). Em várias há a participação de Carlinhos Brown e Seu Jorge, que pouco acrescentam. Acompanha CD bônus com remixes.

www.sergiomendesmusic.com

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