ANA PAULA LOPES
6 de Maio de 2009
Ao Vivo Music (SP)
O grande mérito de Ana Paula Lopes, além da belíssima voz, é o bom senso na escolha de repertório. Some-se a isso um inegável carisma, a total interação com a plateia e a sinergia com a banda. O resultado é um show contagiante, como o apresentado na noite de quarta, 6 de maio, no Ao Vivo Music, em São Paulo. Acompanhada por um competentíssimo time de músicos - Paulo Costa (guitarra), Marcos Klis (baixo acústico), Celso Marques (flauta, sax) e Alê Damasceno (bateria) -, a cantora e compositora deu conta do recado e encantou a audiência.
É impossível tirar os olhos de Ana Paula. Brejeira e bem humorada, ela brinca com o público na hora certa, passa a informação precisa sobre o repertório e principalmente interpreta com as doses exatas de emoção e sensualidade, e com afinação absoluta. As canções são de seus dois discos, Meu (2005) e Mil Rosas (2007), além de material que pode entrar no próximo trabalho, casos de Quatro Elementos (Joyce/Paulo César Pinheiro) e Flor de Maracujá (João Donato/Lysias Ênio). Do primeiro CD ela canta, entre outras, A História de Lily Braun (Chico Buarque/Edu Lobo) e O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim/Vinícius de Moraes). Do segundo pinça temas como Mil Rosas (dela), Gata Lúcida (Giana Viscardi/Michi) e Sinhô do Tempo (Juliana Kehl). Ana Paula Lopes vai do samba ao forró, da bossa ao blues, impregnando tudo com um delicioso sabor jazzístico. Como se não bastassem o apuro técnico e a sensibilidade, é uma figura linda em cena, com gestual e figurino extremamente elegantes. Um show delicioso do começo ao fim. Merece ser visto.
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